terça-feira, 16 de março de 2010

Língua inglesa

O inglês (English) é uma língua germânica ocidental que se desenvolveu na Inglaterra durante a era anglo-saxã. Como resultado da influência militar, econômica, científica, política e cultural do Império Britânico, durante os séculos XVIII, XIX e início do XX, e dos Estados Unidos desde meados do século XX,[4][5][6][7] o Inglês tornou-se a língua franca, em muitas partes do mundo.[8][9] Ele é usado extensivamente como segunda língua e como língua oficial em países da Commonwealth e muitas organizações internacionais.

Historicamente, o inglês se originou de vários dialetos, agora denominados coletivamente de inglês arcaico ou antigo, que foram trazidos para a Grã-Bretanha pelos anglo-saxões no começo do século V, com influências da língua nórdica antiga trazida pelos invasores vikings.

Na época da conquista normanda, o inglês arcaico se desenvolveu para o inglês medieval, tomando muito do vocabulário e das convenções de ortografia da língua normanda (anglo-francês). A etimologia da palavra "English" é uma derivação da palavra englisc ou Engle do inglês arcaico do século XII, forma plural Angles ("dos, relativos a, ou característico da Inglaterra").[10]

O inglês moderno se desenvolveu com a Grande Mudança Vocálica, que começou na Inglaterra do século XV e continua a adotar palavras estrangeiras a partir de uma variedade de línguas, bem como inventar novas palavras. Um número significativo de palavras em inglês, especialmente palavras técnicas, foram construídos a partir de raízes do latim e do grego antigo.

Alfabeto inglês
Ver artigo principal: Alfabeto inglês
O inglês é escrito no alfabeto latino, e sem nenhum carácter especial, exceto em palavras estrangeiras, que podem ter acentos. Os nomes das letras, como são normalmente escritos, são os seguintes:

A B C D E F G H I J K L M
nome a bee cee dee e ef gee aitch i jay kay el em
pronúncia (IPA) /eɪ/ /bi/ /siː/ /diː/ /iː/ /εf/ /dʒi/ /eɪtʃ/ /aɪ/ /dʒeɪ/ /keɪ/ /εɫ/ /εm/
N O P Q R S T U V W X Y Z
nome en o pee cue ar ess tee u vee double-u ex wye zee (EUA) ou zed (R.U.)
pronúncia (IPA) /ɛn/ /oʊ/ /piː/ /kjuː/ /ɑr/ /ɛs/ /tiː/ /juː/ /viː/ /ˈdʌbəɫ juː/ /ɛks/ /waɪ/ /ziː/ ou /zed/

[editar] Fonologia
[editar] Vogais
AFI Descrição exemplo
monotongos
i/iː alta, anterior, não-arredondada bead
ɪ média alta, central anterior, não-arredondada bid
ɛ média baixa, anterior, não-arredondada bed
æ média baixa, anterior, não-arredondada bad
ɒ baixa, posterior, arredondada box ¹
ɔ/ɑ média baixa, posterior, arredondada pawed ²
ɑ/ɑː baixa, posterior, não-arredondada bra
ʊ média alta, central posterior good
u/uː alta, posterior, arredondada booed
ʌ/ɐ/ɘ média baixa, posterior, não-arredondada; média baixa, central bud
ɜː ou
ɝ média baixa, central, não-arredondada ou
retroflexa bird ³
ə média baixa, posterior, não-arredondada Rosa's 4
ɨ alta, central, não-arredondada roses 5
Ditongos
e(ɪ)/eɪ média alta, anterior, não-arredondada
alta, anterior não-arredondada bayed 6
o(ʊ)/əʊ média alta, posterior, arredondada
média alta, central posterior bode 6
aɪ baixa, anterior, não-arredondada
média alta, central anterior, não-arredondada cry
aʊ baixa, anterior, não-arredondada
média alta, central posterior bough
ɔɪ média baixa, posterior, arredondada
alta, anterior, não-arredondada boy
ʊɚ/ʊə média alta, central posterior
média baixa, posterior, não arredondada boor 9
ɛɚ/ɛə/eɚ média baixa, anterior, não-arredondada
média baixa, posterior, não arredondada fair 10

[editar] Notas
São as vogais o que mais muda de uma região para outra. Onde os símbolos aparecem em pares, o primeiro corresponde ao sotaque padrão norte-americano, o segundo ao britânico.

1.O inglês norte-americano não tem este som; palavras com este som são pronunciadas com /ɑ/ ou /ɔ/;
2.Alguns dialetos norte americanos não têm esta vogal;
3.A variante norte-americana deste som é uma vogal matizada de r;
4.Muitos falantes do inglês norte-americano não distinguem entre estas duas vogais átonas. Pronunciam roses e Rosa's do mesmo jeito e o símbolo usado é este: /ə/;
5.Este som é comumente transcrito /i/ ou /ɪ/;
6.Os ditongos /eɪ/ e /oʊ/ são monotongalizados por muitos falantes do inglês padrão norte-americano, respectivamente, em: /eː/ e /oː/;
7.A letra U pode representar tanto /u/ quanto /ju/. Na pronúncia inglesa, se /ju/ ocorren após /t/, /d/, /s/ ou /z/, isso normalmente provoca palatização e tais consoantes tornam-se, respectivamente, /ʨ/, /ʥ/, /ɕ/ e /ʑ/, como em tune, during, sugar, e azure. No inglês norte-americano, a palatização não acontece normalmente, a não se que /ju/ seja seguido de r, resultando que /(t, d,s, z) jur/ tornem-se, respectivamente, /tʃɚ/, /dʒɚ/, /ʃɚ/ and /ʒɚ/, como em nature, verdure, sure, e treasure;
8.A quantidade tem um papel na fonética na maioria dos dialetos do inglês e é considerado traço distintivo em alguns deles, como no inglês australiano e no neozelandês. Em alguns dialetos dos inglês moderno, o inglês norte-americano padrão, por exemplo, há quantidade alofônica das vogais: as vogais são pronunciadas como longas alofônicas quando antes de consoantes sonoras no fim da sílaba;
9.Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, este som seria /ʊə/, /ɔ:/;
10.Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, o /ə/ é suprimido, ficando uma vogal longa /ɛ:/.
[editar] Consoantes
Este é o sistema de consoantes da língua inglesa, transcritos com os símbolos do Alfabeto Fonético Internacional (AFI).

Bilabiais Labio-
dentais Dentais Alveolares Palato-
alveolares Palatais Velares Labio-
velares Glotal
Nasais m n ŋ[cn 1]
Plosivas p b t d k ɡ
Africadas tʃ dʒ[cn 2]
Fricativas f v θ ð[cn 3] s z ʃ ʒ[cn 2] ç[cn 4] x[cn 5] h
Vibrante simples ɾ[cn 6]
Aproximantes ɹ[cn 2] j ʍ w[cn 7]
Lateral l

[editar] Notas
1.↑ A nasal velar [ŋ] é um alofone de de /n/ em alguns sotaques do norte da Grã-bretanha, aparecendo apenas antes de /k/ e /g/. Em todos os outros dialetos, é um fonema separado, embora apareça apenas em fim de sílaba.
2.↑ a b c Os sons /ʃ/, /ʒ/, e /ɹ/ são labializados em alguns dialetos. A labialização nunca é contrastiva na posição inicial e, consquentemente, não é transcrita. A maioria dos falantes do inglês estadunidense e canadense pronuncia "r" (sempre rotizado) como /ɻ/, enquanto que o mesmo é pronunciado no inglês escocês e outros dialetos como vibrante múltipla alveolar.
3.↑ Em alguns dialetos, como o cockney, as interdentais /θ/ e /ð/ são usualmente misturadas com /f/ e /v/, e em outros, como o inglês vernáculo afro-americano, /ð/ é misturado com a dental /d/. Em algumas variedades irlandesas, /θ/ e /ð/ tornam-se as plosivas dentais correspondentes, que então contrastam com as plosivas alveolares.
4.↑ A fricativa palatal surda /ç/ é, na maioria dos sotaques, apenas um alofone de /h/ antes de /j/; por exemplo human /çjuːmən/. Contudo, em alguns sotaques (veja isto), o /j/ desaparece, mas a consoante inicial é a mesma.
5.↑ A fricativa velar surda /x/ é usada por falantes escoceses e galeses em palavras como loch /lɒx/ ou por alguns falantes em palavras emprestadas do alemão ou hebraico, como Bach /bax/ ou Chanukah /xanuka/. /x/ também ocorre no inglês sul-africano. Em alguns dialetos como o scouse (de Liverpool) tanto [x] quanto a africada [kx] podem ser usadas como alofones de /k/ em palavras como docker [dɒkxə]. A maioria dos falantes nativos tem grande dificuldade para pronunciar esse fonema corretamente quando aprendem outras línguas. A maioria usa os sons [k] e [h] no lugar.
6.↑ A vibrante simples alveolar [ɾ] é um alofone de /t/ e /d/ em sílabas átonas no inglês estadunidense, no canadense e no australiano.[26] Esse é o som das letras tt e dd nas palavras latter e ladder, que são homófonas para muitos falantes do inglês na América do Norte. Em alguns sotaques, como o inglês escocês e o indiano, ele substitui /ɹ/. É o mesmo som representado por um r simples do português.
7.↑ O w surdo [ʍ] é encontrado no inglês da Escócia e da Irlanda e em algumas variedades da Nova Zelândia, dos Estados Unidos e da Inglaterra. Na maioria dos outros dialetos, ele é misturado com /w/, e, em alguns dialetos escoceses, com /f/.



[editar] Gramática
A língua inglesa possui um sistema de inflexão muito simples, se comparado com a maioria das línguas indo-européias. Não tem gênero gramatical, pois os adjetivos são invariáveis. Há entretanto, resquícios de flexão casual (o genitivo saxônico e pronomes oblíquos).

Os verbos regulares têm apenas 6 formas distintas, duas das quais não se usam mais.

Ex: love (forma básica), lovest (2ª pessoa singular do presente do indicativo ativo - obsoleta), loves ou loveth (3ª pessoa singular do presente do indicativo ativo - a segunda é obsoleta), loved (particípio passado e todas as pessoas menos a segunda singular do pretérito simples ativo), lovedst (2ª pessoa singular do pretérito simples ativo - obsoleta) e loving (particípio presente e gerúndio)
Não há formas passivas sintéticas, mas apenas três modos: indicativo, imperativo e subjuntivo, este raramente usado.

[editar] Outros artigos sobre gramática da língua inglesa
Phrasal Verbs
Verbos preposicionais
Caso genitivo
[editar] Vocabulário
[editar] Cores (Colours; Colors)
preto - black
branco - white
cinza - gray
vermelho - red
verde - green
azul - blue
amarelo - yellow
laranja - orange
marrom - brown
bege - beige
lilás - lilac
roxo (ou violeta) - purple ou violet
cor-de-rosa - pink
[editar] Numerais em inglês
Português zero um dois três quatro cinco seis sete oito nove dez
Inglês zero one two three four five six seven eight nine ten
pronúncia (IPA) /ziːroʊ/ /wʌn/ /tuː/ /θriː/ /fɔr/ /faɪv/ /sɪks/ /sɛvən/ /eɪt/ /naɪn/ /tɛn/

De 11 a 20:

onze - eleven
doze - twelve
treze - thirteen
quatorze - fourteen
quinze - fifteen
dezesseis - sixteen
dezessete - seventeen
dezoito - eighteen
dezenove - nineteen
vinte - twenty
As dezenas são sempre terminadas com "ty" (Exemplo: twenty (20), thirty (30), forty (40), fifty (50), etc).

As centenas são escritas na forma "NÚMERO hundred". Por exemplo:

cem - one hundred
duzentos - two hundred
trezentos - three hundred
Os milhares funcionam do mesmo modo que as centenas, apenas trocando "hundred" por "thousand". Por exemplo:

mil - one thousand
dois mil - two thousand
três mil - three thousand
Para escrever a casa dos milhões, devemos utilizar a palavra "million":

1 milhão - one million
2 milhões - two million
3 milhões - three million
[editar] Origem
[editar] Palavras de origem francesa
Devido à afluência das palavras de origem francesa à partir da invasão normanda em 1066, há em inglês pares de palavras usadas em contextos específicos e que correspondem a uma só nas línguas faladas em áreas próximas da Inglaterra. Notadamente, há, em inglês, uma palavra para designar o animal vivo (normalmente de origem anglo-saxã) e uma para a carne dele (normalmente, de origem francesa). Exemplo: ox (do anglo-saxão oxa), para designar o boi, e beef (do francês boef ou buef), para a carne de boi. Um outro exemplo é para festa de casamento e a instituição. A festa tem o nome de wedding, enquanto a instituição, marriage, que vem do francês marriage.[carece de fontes?]

Outros exemplos de palavras de origem francesa:

royal - referente à realeza
hors d'euvers - aperitivos
arrive - do francês ariver, chegar
sublime - do francês sublime
challenge - do antigo francês chalengier, desafiar
toilet - do francês toilet, banheiro



Referências
1.↑ see: Ethnologue (1984 estimate); The Triumph of English, The Economist, Dec. 20, 2001; Ethnologue (1999 estimate); 20,000 Teaching Jobs (em english). Oxford Seminars. Página visitada em 2007-02-18.;
2.↑ a b Lecture 7: World-Wide English. EHistLing. Página visitada em 2007-03-26.
3.↑ Ethnologue (1999 estimate);
4.↑ Ammon, pp. 2245–2247.
5.↑ Schneider, p. 1.
6.↑ Mazrui, p. 21.
7.↑ Howatt, pp. 127–133.
8.↑ Crystal, pp. 87–89.
9.↑ Wardhaugh, p. 60.
10.↑ [1]
11.↑ Curtis, Andy. Color, Race, And English Language Teaching: Shades of Meaning. 2006, page 192.
12.↑ Ethnologue, 1999
13.↑ CIA World Factbook, Field Listing — Languages (World).
14.↑ Languages of the World (Charts), Comrie (1998), Weber (1997), e o Summer Institute for Linguistics (SIL) 1999 Ethnologue Survey. Disponível em The World's Most Widely Spoken Languages
15.↑ Mair, Victor H. (1991). "What Is a Chinese "Dialect/Topolect"? Reflections on Some Key Sino-English Linguistic Terms" (PDF). Sino-Platonic Papers.
16.↑ English language. Columbia University Press (2005). Página visitada em 2007-03-26.
17.↑ 20,000 Teaching
18.↑ Crystal, David. English as a Global Language .2nd.ed. , citado em Power, Carla (7 March 2005). "Not the Queen's English". Newsweek.
19.↑ U.S. Census Bureau, Statistical Abstract of the United States: 2003, Section 1 Population (PDF) pp. 59 pages. U.S. Census Bureau. Tabela 47 apresenta o valor de 214.809.000 para as pessoas a partir dos cinco anos de idade que falam exclusivamente inglês em casa. Com base na American Community Survey, esses resultados excluem aqueles que vivem em comunidades (tais como dormitórios universitários, instituições e casas do grupo), e por definição exclui falantes nativos de inglês que falam mais de uma língua em casa.
20.↑ a b The Cambridge Encyclopedia of the English Language, Second Edition, Crystal, David; Cambridge, UK: Cambridge University Press, [1995] (2003-08-03).
21.↑ Population by mother tongue and age groups, 2006 counts, for Canada, provinces and territories–20% sample data, Census 2006, Statistics Canada.
22.↑ Census Data from Australian Bureau of Statistics Língua principal falada em casa. A figura é o número de pessoas que somente falam inglês em casa.
23.↑ Figuras são os falantes do pidgin nigeriano, um pidgin ou crioulo baseado no inglês. Ihemere dá um intervalo de cerca de 3 a 5 milhões de falantes nativos, o ponto médio do intervalo é usado na tabela. Ihemere, Kelechukwu Uchechukwu. 2006. "A Basic Description and Analytic Treatment of Noun Clauses in Nigerian Pidgin." Nordic Journal of African Studies 15(3): 296–313.
24.↑ Census in Brief, page 15 (Table 2.5), 2001 Census, Statistics South Africa
25.↑ About people, Language spoken. Statistics New Zealand (2006 census). Página visitada em 2009-09-28. (links to Microsoft Excel files)
26.↑ Cox, Felicity (2006). "Australian English Pronunciation into the 21st century" (PDF). Prospect 21: 3–21.

fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa

Estrangeirismo

Estrangeirismo ou peregrinismo é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que tenha ou não equivalente vernácula, em vez da correspondente em nossa língua. É apontada nas gramáticas normativas como um vício de linguagem, o que, há muito, é tido como uma visão simplista por diversos linguistas, como Marcos Bagno, da UnB, John Robert Schmitz, da UNICAMP, e Carlos Alberto Faraco, da UFPR.

Normatividade
Dentro do âmbito da gramática normativa, caso se use um estrangeirismo que possua equivalente vernácula adequada, caracteriza-se o vício de linguagem como barbarismo (para os latinos, qualquer estrangeiro era bárbaro). Alguns gramáticos mais rígidos consideram que qualquer estrangeirismo, tenha ele equivalente vernácula ou não, é considerado barbarismo. O termo barbarismo também tem o significado contemporâneo de crueldade. Por fim, outro tipo de estrangeirismo é o idiotismo,[2][3] que se dá quando se traduz literalmente expressão ou construção estrangeira que não faça sentido em nossa língua, em vez de se adotar tradução livre.[4]

[editar] Figura de linguagem
Por vezes, o estrangeirismo pode ser considerado uma figura de linguagem também, contanto que a palavra estrangeira exista e seja usada frequentemente ou tenha popularidade no dialeto.

[editar] Exemplos de estrangeirismo
Shopping
Ok
Brother
Chouffer
Delivery
Drive-thru
Designer
Fashion
Deletar do inglês Delete
Jeans
Futebol (do inglês football)
Teen
United
Link
Hero
Element
Zip
Approach
Capuccino
Internet
Go
Shampoo
t-shirt
Yes
Show
Site
Hot dog
Market
Revèillon
Muzarella
Basquete (do inglês basketball)
Vôlei (do inglês voleyball)
Rendebol (do inglês handball)
Sonda
On-line
Sister
Pink
Spaghetti
Enter (tecla no teclado do computador)
[editar] Ver também
Anexo:Comparativo de uso de estrangeirismos nas variedades do português
Empréstimo (linguística)
Anglicismo
Galicismo
Vício de linguagem
Barbarismo
Idiotismo
Referências
1.↑ DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada
2.↑ HOUAISS, Antônio et al. Dicionário Houaiss, verbete "Idiotismo". Editora Objetiva: 1.ª edição, 2001, Rio de Janeiro.
3.↑ Academia Brasileira de Letras. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, verbete "Idiotismo". Editora Global: 5.ª edição, 2009, São Paulo.
4.↑ O uso de galicismos e de anglicismos
[editar] Bibliografia
FARACO, Carlos Alberto. Estrangeirismos: guerras em torno da língua. São Paulo: Editora Parábola, 2001. ISBN 8588456028.
DUBOIS, Jean et al. Dicionário de linguística, verbete "idiotismo". Editora Cultrix
[editar] Ligações externas
Diferença entre barbarismo e estrangeirismo, em Ciberdúvidas
Estrangeirismo já irritava estudiosos da década de 1920
Definição de barbarismo, em Dicionário Priberam
Estrangeirismos Por que proibi-los?
Como lidar com os estrangeirismos
Projeto de lei proíbe o uso de estrangeirismos
Léxico, empréstimo, estrangeirismo, xenismo, peregrinismo
Estrangeirismo, eufemismo para globalização
Poder e preconceito Carolina Cantarino
A diversidade linguística no Brasil considerações sobre uma proposta de política Maria Cecília Londres Fonseca
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrangeirismo
fonte:

Bullying

Bullying[1] é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.
Caracterização do bullying
No uso coloquial entre falantes de língua inglesa, bullying é frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco. O cientista sueco - que trabalhou por muito tempo em Bergen (Noruega) - Dan Olweus define bullying em três termos essenciais:[2]

1.o comportamento é agressivo e negativo;
2.o comportamento é executado repetidamente;
3.o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
O bullying divide-se em duas categorias:[1]

1.bullying direto;
2.bullying indireto, também conhecido como agressão social
O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido através de uma vasta variedade de técnicas, que incluem:

espalhar comentários;
recusa em se socializar com a vítima
intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima
criticar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).
O bullying pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência. Os atos de bullying configuram atos ilícitos, não porque não estão autorizados pelo nosso ordenamento jurídico mas por desrespeitarem princípios constitucionais (ex: dignidade da pessoa humana) e o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. A responsabilidade pela prática de atos de bullying pode se enquadrar também no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram nesse contexto.[3]

Características dos bullies
Pesquisas[4] indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido[5] que um deficiente em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser fatores de risco em particular. Estudos adicionais[6] têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do bullying, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies sofram de qualquer déficit de auto-estima.[7] Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a auto-imagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas.[8] É freqüentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm sua origem na infância:

"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta."[9]
O bullying não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o bullying frequentemente funciona através de abuso psicológico ou verbal.

Tipos de bullying
Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Abaixo, alguns exemplos das técnicas de bullying:

Insultar a vítima; acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada.
Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os
Espalhar rumores negativos sobre a vítima.
Depreciar a vítima sem qualquer motivo.
Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando a vítima para seguir as ordens.
Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully.
Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência.
Isolamento social da vítima.
Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de publicação de fotos etc).
Chantagem.
Expressões ameaçadoras.
Grafitagem depreciativa.
Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com freqüência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
Locais de bullying
O bullying pode acontecer em qualquer contexto no qual seres humanos interajam, tais como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho.

Escolas
Em escolas, o bullying geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola.[10] Um caso extremo de bullying no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de bullying contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio". Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense Pearl Jam. Nos anos 1990, os Estados Unidos viveram uma epidemia de tiroteios em escolas (dos quais o mais notório foi o massacre de Columbine). Muitas das crianças por trás destes tiroteios afirmavam serem vítimas de bullies e que somente haviam recorrido à violência depois que a administração da escola havia falhado repetidamente em intervir. Em muitos destes casos, as vítimas dos atiradores processaram tanto as famílias dos atiradores quanto as escolas. Como resultado destas tendências, escolas em muitos países passaram a desencorajar fortemente a prática do bullying, com programas projetados para promover a cooperação entre os estudantes, bem como o treinamento de alunos como moderadores para intervir na resolução de disputas, configurando uma forma de suporte por parte dos pares. Dado que a cobertura da mídia tem exposto o quão disseminada é a práctica do bullying, os júris estão agora mais inclinados do que nunca a simpatizar com as vítimas. Em anos recentes, muitas vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os agressores por "imposição intencional de sofrimento emocional", e incluindo suas escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta. Vítimas norte-americanas e suas famílias têm outros recursos legais, tais como processar uma escola ou professor por falta de supervisão adequada, violação dos direitos civis, discriminação racial ou de gênero ou assédio moral. O bullying nas escolas (ou em outras instituições superiores de ensino) pode também assumir, por exemplo, a forma de avaliações abaixo da média, não retorno das tarefas escolares, segregação de estudantes competentes por professores incompetentes ou não-atuantes, para proteger a reputação de uma instituição de ensino. Isto é feito para que seus programas e códigos internos de conduta nunca sejam questionados, e que os pais (que geralmente pagam as taxas), sejam levados a acreditar que seus filhos são incapazes de lidar com o curso. Tipicamente, estas atitudes servem para criar a política não-escrita de "se você é estúpido, não merece ter respostas; se você não é bom, nós não te queremos aqui". Freqüentemente, tais instituições (geralmente em países asiáticos) operam um programa de franquia com instituições estrangeiras (quase sempre ocidentais), com uma cláusula de que os parceiros estrangeiros não opinam quanto a avaliação local ou códigos de conduta do pessoal no local contratante. Isto serve para criar uma classe de tolos educados, pessoas com títulos acadêmicos que não aprenderam a adaptar-se a situações e a criar soluções fazendo as perguntas certas e resolvendo problemas.

Local de trabalho
O bullying em locais de trabalho (algumas vezes chamado de "Bullying Adulto") é descrito pelo Congresso Sindical do Reino Unido[11] como:

"Um problema sério que muito frequentemente as pessoas pensam que seja apenas um problema ocasional entre indivíduos. Mas o bullying é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente que solapa a integridade e confiança da vítima do bully. E é freqüentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura da organização".
Vizinhança
Entre vizinhos, o bullying normalmente toma a forma de intimidação por comportamento inconveniente, tais como barulho excessivo para perturbar o sono e os padrões de vida normais ou fazer queixa às autoridades (tais como a polícia) por incidentes menores ou forjados. O propósito desta forma de comportamento é fazer com que a vítima fique tão desconfortável que acabe por se mudar da propriedade. Nem todo comportamento inconveniente pode ser caracterizado como bullying: a falta de sensibilidade pode ser uma explicação.

Política
O bullying entre países ocorre quando um país decide impôr sua vontade a outro. Isto é feito normalmente com o uso de força militar, a ameaça de que ajuda e doações não serão entregues a um país menor ou não permitir que o país menor se associe a uma organização de comércio.

Militar
Em 2000 o Ministério da Defesa (MOD) do Reino Unido definiu o bullying como : "…o uso de força física ou abuso de autoridade para intimidar ou vitimizar outros, ou para infligir castigos ilícitos".[12] Todavia, é afirmado que o bullying militar ainda está protegido contra investigações abertas. O caso das Deepcut Barracks, no Reino Unido, é um exemplo do governo se recusar a conduzir um inquérito público completo quanto a uma possível prática de bullying militar. Alguns argumentam que tal comportamento deveria ser permitido por causa de um consenso acadêmico generalizado de que os soldados são diferentes dos outros postos. Dos soldados se espera que estejam preparados para arriscarem suas vidas, e alguns acreditam que o seu treinamento deveria desenvolver o espirito de corpo para aceitar isto.[13] Em alguns países, rituais humilhantes entre os recrutas têm sido tolerados e mesmo exaltados como um "rito de passagem" que constrói o caráter e a resistência; enquanto em outros, o bullying sistemático dos postos inferiores, jovens ou recrutas mais fracos pode na verdade ser encorajado pela política militar, seja tacitamente ou abertamente (veja dedovschina). Também, as forças armadas russas geralmente fazem com que candidatos mais velhos ou mais experientes abusem - com socos e pontapés - dos soldados mais fracos e menos experientes..[14]

Alcunhas ou apelidos (dar nomes)
Normalmente, uma alcunha (apelido) é dada a alguém por um amigo, devido a uma característica única dele. Em alguns casos, a concessão é feita por uma característica que a vítima não quer que seja chamada, tal como uma verruga ou forma obscura em alguma parte do corpo. Em casos extremos, professores podem ajudar a popularizá-la, mas isto é geralmente percebido como inofensivo ou o golpe é sutil demais para ser reconhecido. Há uma discussão sobre se é pior que a vítima conheça ou não o nome pelo qual é chamada. Todavia, uma alcunha pode por vezes tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá de se mudar (de escola, de residência ou de ambos).

Ver também
Assédio moral
Assédio sexual
Abuso de poder
Cyberbullying
Referências
1.↑ O que é Bullying? em bullying.com.br
2.↑ Student Reports of Bullying, Resultados do 2001 School Crime Supplement to the National Crime Victimization Survey, US National Center for Education Statistics
3.↑ CALHAU, Lélio Braga. Bullying: o que você precisa saber. RJ, Impetus, 2009, p. 21-36.
4.↑ The Harassed Worker, Brodsky, C. (1976), D.C. Heath and Company, Lexington, Massachusetts.
5.↑ Petty tyranny in organizations , Ashforth, Blake, Human Relations, Vol. 47, No. 7, 755-778 (1994)
6.↑ Bullying and emotional abuse in the workplace. International perspectives in research and practice, Einarsen, S., Hoel, H., Zapf, D., & Cooper, C. L. (Eds.)(2003), Taylor & Francis, London.
7.↑ Bullies and their victims: Understanding a pervasive problem in the schools, Batsche, G. M., & Knoff, H. M. (1994) School PSYCHOLOGY REVIEW, 23 (2), 165-174. EJ 490 574.
8.↑ Areas of Expert Agreement on Identification of School Bullies and Victims, Hazler, R. J., Carney, J. V., Green, S., Powell, R., & Jolly, L. S. (1997). School Psychology International, 18, 3-12.
9.↑ Anti-Bullying Center Trinity College, Dublin.
10.↑ NOVA ESCOLA - REPORTAGEM - Bullying: é preciso levar a sério ao primeiro sinal
11.↑ Bullied at work? Don't suffer in silence in Trades Union Congress - TUC.
12.↑ The Values and Standards of the British Army – A Guide to Soldiers, Ministry of Defence, GB, Março de 2000, parágrafo 23.
13.↑ Social Psychology of the Individual Soldier, Jean M. Callaghan e Franz Kernic, 2003, Armed Forces and International Security: Global Trends and Issues, Lit Verlag, Munster
14.↑ Military bullying a global problem, BBC, GB, segunda-feira, 28 de novembro de 2005.
Ligações externas
Entrevista "Presas e Predadores" da revista Maxima
Notícia do jornal SOL
Bullying e sua relação com os crimes
Bullying: é preciso levar a sério
Página do programa de prevenção a Bullying de Dan Olweus (em inglês)
Cartilha "Bullying não é brincadeira", produzida pelo Ministério Público do Estado da Paraíba.
Vídeo sobre Bullying
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying
fonte:

África do Sul

A África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país situado no extremo sul da África, com 2.798 quilômetros de litoral[3][4] sobre os oceanos Atlântico e Índico.[5] O país divide suas fronteiras com a Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Suazilândia a leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.[6]

Os seres humanos modernos habitam a África Austral há mais de 100.000 anos. Na época do contato com os Europeus, os povos indígenas dominantes eram tribos que migraram de outras partes da África há cerca de mil anos antes da colonização europeia. Entre os séculos IV e V, tribos falantes do Bantu vieram para o sul, onde deslocaram, conquistaram e assimilaram os povos originários da África Austral. Na época da colonização europeia, os dois maiores grupos eram os povos Zulu e Xhosa.

Em 1652, um século e meio após a descoberta da Rota Marítima do Cabo, a Companhia Holandesa das Índias Orientais fundou uma estação de abastecimento que mais tarde viria ser a Cidade do Cabo.[7] A Cidade do Cabo tornou-se uma colônia britânica em 1806. A colonização européia expandiu-se na década de 1820 com os Bôeres (colonos de origem Holandesa, Flamenga, Francesa e Alemã) enquanto os colonos Britânicos se assentaram no norte e no leste do país. Nesse período, conflitos surgiram entre os grupos Xhosa, Zulu e Afrikaners que competiam por território.

Mais tarde, a descoberta de minas de diamante e de ouro desencadeou um conflito do século XIX conhecido como Segunda Guerra dos Bôeres, quando os Bôeres e os Britânicos lutaram pelo controle da riqueza mineral do país. Mesmo vencendo os Bôeres, os Britânicos deram independência limitada à África do Sul em 1910, como um domínio britânico. Durante os anos de colonização Holandesa e Britânica, a segregação racial era essencialmente informal, apesar de algumas leis terem sido promulgadas para controlar o estabelecimento e a livre circulação de pessoas nativas.[8][9][10]

Nas repúblicas Bôeres,[11] já a partir do Tratado de Pretória (Capítulo XXVI),[12] os subsequentes governos sul-africanos tornaram o sistema de segregação racial legalmente institucionalizado, o que mais tarde ficou conhecido como apartheid. O governo então estabeleceu três categorias de estratificação racial: brancos, colorados e negros, com direitos e restrições específicos para cada categoria.

A África do Sul conseguiu sua independência política em 1961 e declarou-se uma república. Apesar da oposição dentro e fora do país, o governo manteve o regime do apartheid. No início do século XX alguns países e instituições ocidentais começaram a boicotar os negócios com o país por causa das suas políticas de opressão racial e de direitos civis. Após anos de protestos internos, ativismo e revolta de sul-africanos negros e de seus aliados, finalmente, em 1990, o governo sul-africano iniciou negociações que levaram ao desmantelamento das leis de discriminação e às eleições democráticas de 1994. O país então aderiu à Comunidade das Nações.

A África do Sul é conhecida por sua diversidade de culturas, idiomas e crenças religiosas. Onze línguas oficiais são reconhecidas pela Constituição do país.[5] O Inglês é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, entretanto, é apenas o quinto idioma mais falado em casa.[5] A África do Sul é um país multiétnico, com as maiores comunidades europeias, indianas e racialmente mistas da África. Embora 79,5% da população sul-africana seja negra,[13] os habitantes são de diferentes grupos étnicos que falam línguas bantas, um dos nove idiomas que têm estatuto oficial.[5] Cerca de um quarto da população do país está desempregada[14] e vive com menos de US$ 1,25 por dia.[15]

O país é um dos membros fundadores da União Africana e é a maior economia do continente. É também membro fundador da Organização das Nações Unidas e da NEPAD, além de ser membro do Tratado da Antártida, do Grupo dos 77, da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, da União Aduaneira da África Austral, da Organização Mundial do Comércio, do Fundo Monetário Internacional, do G20 e do G8+5.

fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_do_Sul

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Educação

Durante muito tempo, a formação do profissional de LE centrou – se na postura de conhecimento baseado numa perspectiva técnica e racional, do qual o corpo docente trabalhava com a cultura estrangeira, seus costumes e apenas a língua como referencia, não existindo uma reflexão, em relação a cultura dos mesmos (alunos), ou seja, o professor se baseava em “arquivos prontos”. Neste sentido, e limitando – se a uma compacta idéia das transformações do aprender e das reconfigurações do conhecimento ensejadas por novos olhares à cultura e à linguagem, vendo neles uma das maneiras para mudar, e até mesmo, transformar o sistema educacional, centrado na em idéias prontas.
Assim, percebe – se à necessidade de uma mudança no pensamento que tange os significados já construídos, e as gramaticalizações já realizadas, dos atos culturais internalizados e compartilhados nas relações do espaço educacional.
Diante da ampla variedade de metodologias de ensino de LE, e até mesmo, de acordo com suas preferências, necessidades dos educandos e restrições da instituição escolar, os professores de LE são aparados por aspectos teóricos, responsáveis pelo domínio do conteúdo, numa perspectiva cultural e cientifica direcionada pelo estabelecimento de parâmetros na escolha de tais metodologias no processo de ensino – aprendizagem.
Ao se dialogar com as idéias apresentadas, faz – se necessária a discussão acerca da importância da aproximação da cultura, pensando de forma metodológica, ou seja, da mediação para aproximar o aluno ao saber cultural, possibilitando a este reconhecer a sua própria identidade cultural e entender melhor a língua em estudo.
Além disso, ressaltar a importância de uma educação intercultural, especialmente nas aulas de LE; discutir as vantagens e desvantagens de se usar uma metodologia de ensino voltada para realidade (cultural) do aluno; trazer um aparato teórico que visa mostrar as possibilidades de trabalhar cultura na sala de aula.